O Salmo 73 trata de um dilema muito grande entre muitos cristãos: 'se somos filhos de Deus, porque nem sempre prosperamos e sim os ímpios?'

Realmente é um problema que têm trazido várias inquietações à inúmeras pessoas dentro das Igrejas e que às vezes até abandonam a própria fé.

O salmista Asafe ao comparar suas dificuldades com a prosperidade e felicidade de muitos ímpios ficou por um tempo, totalmente desanimado.

Ele deixa claro isso no vs. 2 e 3:

"os meus pés quase que se desviaram (...) Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios."

Mais à frente, com certeza tomado de enorme angústia, faz uma afirmação, muitas vezes repetidas no íntimo de muitos crentes nos dias de hoje:

"Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração; e lavei as minhas mãos na inocência."(vs 13)

E desabafando de forma queixosa, reclama por estar passando dificuldades e duvida se vale a pena continuar acreditando e servindo ao Deus Todo-Poderoso:

"Pois todo o dia tenho sido afligido, e castigado cada manhã." (vs 14)

Mas quando ele resolve buscar as respostas do próprio Deus, o Senhor revela o fim dos ímpios e a verdadeira recompensa dos justos:

"Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles
Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição.
Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores.
Como um sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles."
(vs 17-20)

Deus então mostra para ele a diferença entre os Seus servos e aqueles que vivem firmados nas coisas terrenas.

Asafe agora pode compreender que o plano de salvação eterna reservado à todos que seguem ao Senhor e faz a Sua vontade é o que somente importa.

O salmista agora proclama em alto e bom som:

"Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti."(vs25) e finaliza de forma grandiosa: "A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração, e a minha porção para sempre."(vs 26)

E compreende o mais importante: que se supervalorizasse as coisas terrenas e humanas, certamente continuaria frustrado e desanimado.

É como afirma o Apóstolo Paulo: "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens."(1 Cor 15:19)

Portanto, não importa que ímpio prospere: nossa riqueza maior e única é o próprio Deus, Sua Palavra e Seu Espírito.

A nossa vida, a nossa existência é Ele!

Não importa a situação que estamos vivendo, e sim podermos ratificar a afirmação do Profeta Habacuque :

"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado;
Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação."
(Hc 3:17,18).

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2 Comentários
  1. Elaine 17 de novembro de 2007 às 03:50  

    Coisa boa é pertencer a esse Deus tão Maravilhoso!

    Pra quê nos perturbar tanto em ter bens, ouro e prata aqui, se poderemos andar e passear sobre ruas de ouro e entre pedras preciosas, as mais belas e caras, por toda a eternidade?

    Pra quê se esforçar tanto por crescer materialmente, mas por dentro ser um vazio oco e fedorento, sem a presença de Deus?

    Melhor o pouco com Deus, pois Ele mesmo é o nosso tesouro, o bem mais precioso que podemos ter.

    Shalom!
    Shalom!
    Shalom!

  2. bless 28 de novembro de 2007 às 10:40  

    Olá amigo.Gostei muito de suas postagens.Realmente em meio a tantas tribulações e dificuldades financeiras creio que Deus está passando na peneira aqueles que estarão preparados para suportar as adversidades dos finais dos tempos sem esmorecer nem perder o foco:
    "vida com Deus e fé incondicional".
    A postagem sobre o Vale de Jaboque é muito linda tbém,sou fã desta passagem,é muito impactante.Que Deus o abençõe e continue capacitando pra fazer a obra Dele edificando vidas.Valeu!!!!Obrigada pelo comentário no Bless...