Com a campanha eleitoral chegando ao fim, os evangélicos tornaram-se o centro das atenções nesta reta final. O noticiário está repleto de menções da corrida pelo voto evangélico.

Tanto  Marina Silva,  Dilma e José Serra sabem da importância de tentar atrair o voto dessa numerosa parcela do eleitorado brasileiro.

Dos três, por incrível que pareça, há mais equilíbrio na busca desses votos por Marina Silva, que é evangélica. Isso é louvável, pois poderia aproveitar-se do fato para autopromover-se, mais não o faz. Ótimo exemplo.

Quanto a Dilma e José Serra, cabe algumas observações: enquanto a candidata do governo anda reunindo-se com lideranças evangélicas que a apoiam para afirmar que é contra alguns temas polêmicos como o aborto e casamento homossexual, o candidato do PSDB, aproveita-se da situação para usar os evangélicos de forma vergonhosa na sua luta pelo poder.

Você entra em blogs e sites políticos  vê a cara de pau de jornalistas que não sabem nem o que significa de fato a grandeza do evangelho, usando a Palavra de Deus para atacar políticos adversários de José Serra.

Uma total falta de escrúpulos ficarem usando em seus blogs de ideologia política qualquer menção sobre a Bíblia Sagrada com o claro intuito de angariar votos para seus candidatos.

O pior é que toda essa palhaçada que estão fazendo com os evangélicos é apoiada por diversos líderes e pastores que ao invés de estarem cuidando das coisas concernentes ao Reino de Deus, ficam é colocando vídeos no Youtube, reunindo-se com políticos, fazendo papel de cabos-eleitorais e até brigando entre si sobre a famigerada politicagem.

Enfim, é lamentável toda essa situação.

Ao invés dos evangélicos estarem preocupados em evangelizar e pregar a Palavra de Deus, ficam perdendo tempo com essas baboseiras.

Se Deus um dia precisar dos evangélicos para impedir alguma coisa que Ele queira que não aconteça aqui na terra, deixa de ser Deus.

Sem contar que, evangélico não é "tapado" ou incapaz de analisar em quem deve votar. Isso não é problema da Igreja e nem de pastor, missionário, padre, guru espiritual ou sei lá o quê.

Sou evangélico mas não sou massa de manobra de ninguém. Muito menos de políticos (sejam eles "crentes" ou não).

Portanto, voto em quem achar melhor e com a total liberdade de escolha que a Constituição do meu país me delega.


Tenho uma mania que, se não é de origem genética, deve ser algum trauma mal resolvido ou um pretensioso sentido de misericórdia com “as coisas”. Ao abrir uma torneira, não vou até o fim e, ao fechá-la, cuido para não forçar os sulcos do seu “parafuso”. 


Evito a todo custo virar o volante do carro até não ser mais possível o movimento; prefiro ir e vir várias vezes para completar a manobra. Aprecio muito um aparelho de som de qualidade, para ouvi-lo baixo; e não gosto de ter vários programas ou páginas abertos no computador para não exigir demais da sua memória...

Desconfio que a crise econômica vai espalhar uma “mania” parecida entre nós: a frugalidade. Ou seja, o contentar-se com menos, o não desperdício, quem sabe a simplicidade e a rebusca até (Lv 19.9-10). 

Aqui e ali é possível ler sobre os novos tempos que nos aguardam, além das dicas de sobrevivência para tempos de crise. Sergio Augusto escreveu no caderno Aliás, d’O Estado de S. Paulo: “Se não estamos, ficaremos mais simples”. Para o autor “as artes já dão claros sinais disso”, e vai sobrar também para o mercado editorial: “Muito menos livros serão impressos, com pouquíssima margem para autores inéditos ou sem boas perspectivas de venda. Nem todo best-seller é ruim, embora a grande maioria o seja [...] Diversas editoras suspenderam, por tempo indeterminado, a compra de novos títulos, reduziram os valores dos adiantamentos pagos a autores de prestígio, e passaram a controlar as despesas com almoços de negócio e puxaram o bridão do marketing”.

Claro, conheço de ouvir falar esse “mercado editorial”, mas os meus olhos nunca o viram. Enfim, nós cristãos não precisávamos desses estímulos sombrios. Temos razões (bíblicas) suficientes para diminuir nossa pegada ecológica, para não acumular, para emprestar, para dividir, para dar. Quem sabe, podemos até acreditar nas bem-aventuranças (MT 5.1-11)?

Por Marcos Bontempo

Fonte: Ultimato